Laudo conclui que carro alegórico que matou menina foi rebocado incorretamente

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Raquel Antunes morreu após ser imprensada entre poste e carro alegórico de escola de samba na dispersão do Sambódromo

A Polícia Civil concluiu o laudo pericial da reprodução simulada do acidente que, no dia 20 de abril, matou Raquel Antunes, de 11 anos, na área de dispersão do Sambódromo, no Rio de Janeiro. De acordo com os peritos, o carro alegórico que imprensou a menina foi rebocado de maneira errada, sem visão do condutor do caminhão. 

Além disso, o poste da rua Frei Caneca estava posicionado de forma irregular, em cima da calçada. O não isolamento para impedir o deslocamento de pessoas no local também contribuiu para o acidente fatal. 

Entre as incoerências apuradas pelos investigadores está a ausência de auxiliar no setor lateral direito do conjunto para orientar o condutor do caminhão. Havia pouca luminosidade para visualização no retrovisor do veículo. 

Ainda segundo a conclusão, o reboque foi feito com o uso de correntes e parafusos, em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro. 

Acidente e morte de Raquel

Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, subiu no carro alegórico da escola Em Cima da Hora, na área de dispersão do Sambódromo, no primeiro dia de desfiles das escolas de samba. Em seguida, o carro se movimentou e esmagou as pernas dela contra um poste (irregularmente posicionado na rua Frei Caneca).

Uma amiga da família disse, na época, que a menina havia ido à praça para passear com a mãe e que brincava quando houve o acidente. “Raquel era uma criança. E, como toda criança que sonha, que brinca, uma coleguinha a chamou para ver o carro. Quando a mãe foi ver, o acidente já tinha acontecido”, afirmou.

A vítima chegou a ter uma das pernas amputada durante cirurgia no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. Ela ficou quase dois dias internada em estado grave e não resistiu.

Raquel sofreu um traumatismo no tórax e teve duas paradas cardiorrespiratórias.

Após o grave acidente com a criança, o Ministério Público do Rio de Janeiro avaliou que a organização do Carnaval do Rio violou as regras de segurança recomendadas. A Polícia Civil, por meio da 6ª DP (Cidade Nova), investiga de quem é a responsabilidade da tragédia. O laudo pericial usou a versão do condutor do guindaste e de um ajudante. 

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