Dormir mal pode acabar com seus planos de manter o peso após dieta

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Estudo europeu divulgado nesta quinta-feira também associou prática regular de exercícios físicos à melhores noites de sono

Uma pesquisa apresentada nesta quinta-feira (5) durante o Congresso Europeu sobre Obesidade, na Holanda, fornece mais evidências sobre a importância do sono na perda e manutenção do peso.

Um grupo de cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostrou que não dormir bem o suficiente prejudica as tentativas de manter o peso após uma dieta.

Eles analisaram 195 adultos obesos que fizeram uma dieta de 800 kcal/dia por oito semanas. Ao final, eles haviam perdido, em média, 12% do peso.

Posteriormente, eles foram aleatoriamente divididos em quatro grupos que teriam estratégias diferentes para a manutenção de peso no período de um ano.

O primeiro grupo receberia uma injeção diária de placebo (substância sem efeito no organismo); o segundo tomaria uma injeção diária de 3 mg de liraglutida (medicamento usado para o tratamento de obesidade); o terceiro grupo faria quatro sessões de exercícios físicos por semana; e o quarto teria uma combinação da liraglutida com atividades físicas.

Durante um ano de estudo, os participantes fizeram autoavaliações da duração e da qualidade do sono. Os pesquisadores avaliaram os resultados com base na duração média do sono (abaixo ou acima de 6 horas por noite) ou da qualidade, de acordo com um índice previamente definido.

Embora todos os participantes que perderam peso relatassem em um primeiro momento melhora na qualidade do sono, apenas os que praticaram exercícios físicos conseguiram mantê-la.

O peso daqueles que passaram a dormir mal também não se manteve, segundo o estudo. Quem dormia menos de seis horas por noite teve aumento do IMC em 1,3 kg/m² em comparação com o que dormiam mais do que isso.

“O fato de a saúde do sono estar tão fortemente relacionada à manutenção da perda de peso é importante, pois muitos de nós não dormem a quantidade recomendada de sono necessária para uma saúde e funcionamento ideais”, afirmou a professora Signe S. Torekov, uma das autoras do trabalho.

Ela ainda sugere que mais pesquisas são necessárias no futuro para mostrar os reais impactos da qualidade do sono na perda de peso.

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