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Uso da força é parte da atuação policial. Declaração pode gerar mais violência entre PMs, diz gerente do Sou da Paz
“Bandidos escondidos atrás de capacetes, com mochilas de falso entregador, terão que mudar de profissão ou estado porque a polícia vai atrás deles e prendê-los. Bandido que levantar arma para polícia vai levar bala.”
Essa fala do governador Rodrigo Garcia (PSDB), durante anúncio do pacote de medidas contra os assaltos realizados por falsos entregadores, em alta no estado de São Paulo, foi recebida como bravata política por especialistas em segurança pública.
Premissa básica do trabalho policial, o uso da força é permitido, por lei, para a proteção da própria vida do policial ou a de potenciais vítimas.
Para Rafael Alcadipani, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e especialista em segurança pública, o comentário de Garcia foi uma fala política acerca de uma situação comum/natural do trabalho das forças de segurança.
“Se alguém fizer menção de atacar um policial ou outra pessoa, a polícia terá que neutralizar essa ameaça. É da natureza do trabalho policial. A questão é querer ter um ganho político de uma coisa que é do dia a dia do trabalho da polícia. Precisamos de uma polícia profissional, séria e que vá neutralizar ameaças quando necessário”, afirma o professor.