Antes de ofender negros, vereador ironizou colega por origem japonesa

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Vereador já havia sido acusado de racismo por dois vereadores e também de ter xingado uma vereadora de “vagabunda”.

São Paulo – O vereador Camilo Cristófaro (PSB), autor de fala racista que vazou durante transmissão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos na Câmara Municipal nessa terça-feira (3/5), acumula discussões com outros parlamentares e já foi acusado de xingar uma vereadora e de ter cometido racismo outras duas vezes. Ele também foi alvo de 10 representações na Corregedoria desde 2017.

Cristófaro chegou ainda a ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) – decisão que, posteriormente, acabou revertida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente da Casa, o vereador Milton Leite (União), lamentou o episódio mais recente com “indignação imensa” e afirmou: “Como negro e presidente da Câmara, tenho lutado com todas as forças contra o racismo, crime que insiste em ser cometido dentro de uma Casa de Leis e fora dela também. O caso será apurado pela Corregedoria”.

Casos de racismo

Em 2018, o vereador George Hato (MDB) pediu a cassação de Cristófaro, acusando-o de injúria racial, porque, em um vídeo, quando Cristófaro falou de Hato, fez um gesto de puxar os olhos com as mãos. Hato tem origem japonesa. “É um cara que faz assim, ó”, diz Camilo na gravação, ao realizar o gesto.

Na época, Camilo descartou racismo: “Se puxar o olho é racismo, então o que que virou o mundo agora? É tudo preconceito, racismo”, falou.

Em 2019, foi o vereador Fernando Holiday (Novo) quem acusou Camilo de ofensa racial, após ter sido chamado de “macaco de auditório” no plenário da Câmara. A fala de Cristófaro foi: “Lamentavelmente o senhor Holiday usa as redes sociais, ele é o grande macaco de auditório das redes sociais, dando risada dessa Casa, explodindo as redes sociais, porque a população adora ver sangue, maldade e mentira”.

Após Holiday apontar o racismo, o vereador repudiou a denúncia ao jornal O Estado de S.Paulo e justificou: “Macaco de auditório é uma expressão popular”.

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